terça-feira, 14 de julho de 2009

Saída de emergência

Às vezes penso se sou eu que já ultrapassei há anos o limite da paciência, ou se realmente o mundo conspira para me irritar. Era hora do almoço e eu saí para almoçar (simples assim). Tinha deixado meu carro estacionado na rua de trás do shopping (bem... shopping... é assim que o chamam, vamos manter a denominação). Entrei pela porta principal, atravessei os longos 15 metros da galeria, e em menos de 10 segundos atingi o final do corredor. A porta de saída para a rua de trás do shopping, era uma porta de emergência. Destas portas tradicionais de prédios públicos, anti-pânico, a qual não tem nem maçaneta, apenas uma barra retratil, que basta empurrá-la que a porta milagrosamente se abre e vc atinge o seu grande objetivo: chegar do outro lado. Achei que a tarefa fosse fácil. Não. Nada é fácil. Havia uma moça em minha frente. Ela, de óculos escuros Dolce & Gabbana (o logotipo dourado era quase maior do que a lente escura), sapato alto prateado (meio-dia), e calça jeans super justa para ressaltar seu super-hiper-grandíssimo traseiro afro-africano. A moça estava nervosa, e eu mantive a distância de segurança. Uns 2 metros. Ela puxava a porta com toda sua força, levantava a alavanca enérgicamente e gritava com o segurança: - Esta porta não abre! O segurança levantou lentamente sua sobrancelha, e olhou pra ela com aquela cara de pós-feijoada, tipo: “eu estou tão tranquilo... quer um lexotan também?” Percebendo que a cena duraria mais uns 10 minutos, decidi agir, dei três passos à frente, e com dois dedos empurrei a porta, abrindo-a completamente. Ainda cedi espaço para que os óculos DG e todo o comboio aprisionado nos jeans da senhora, pudessem se retirar do local. Almocei refletindo em como seria divertida uma simulação de incêndio no shopping.

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