quinta-feira, 9 de julho de 2009

Cenourinha

Assim que cheguei aqui em Maputo, logo me indicaram uma moça para trabalhar em minha casa. Isabel. Ela era um amor, 34 anos, 3 filhos, sem marido, e muito dedicada. Isabel não era uma excelência nos trabalhos domésticos, mas era tão doce que eu não tinha coragem nem de discutir quando fazia algo errado. Naquela época eu costumava almoçar em casa, e além de limpar e lavar, pedia para Isabel fazer almoço. Ela fazia com gosto, pois além de almoçar também uma comidinha balanceada, ainda podia levar as sobras para casa. Ela não sabia cozinhar direito (muito menos eu), e a criatividade para o cardápio era nula. Então, todo dia de manhã eu dizia pra ela o que queria para o almoço, explicava um pouco como deveria ser feito, e ao meio dia eu tinha uma surpresa. Boa ou ruim. Mas acabava comendo. Um dia pedi à ela que fizesse um frango assado, arroz e uma cenourinha refogada para acompanhamento. Expliquei para ela que era pra cortar a cenourinha em pedaços pequenos, cozinhar um pouco e refogar. Neste dia ainda chamei um colega para almoçar em minha casa. O cardápio era simples e não tinha como ela errar. Quando chegamos em casa me senti em um SPA ao ver o tamanho da porção. Meu colega não entendeu muito bem a minha cara de riso e espanto ao mesmo tempo. Ela havia feito mesmo UMA cenourinha.

1 comentário:

  1. Meu Deus!!!
    MUUUUUUUUUITO ENGRAÇADO!!!!!!!!!!
    Voce TEM que publicar!
    Ta bom...sou sua mãe, portanto suspeita...
    MAS estou realmente chocada com o seu talento
    para escrever!!!!!!

    ResponderEliminar